Machado de Assis, com sua fina ironia, criou a "Teoria das Janelas". Ele dizia mais ou menos o seguinte: se você fez algo ruim, que o faz sentir-se culpado, "abra uma nova janela", fazendo algo bom, e se sentirá em paz. "Uma janela compensa a outra".
Tentei reproduzir a planta baixa da sala e o pequeno corredor de acesso aos quartos, colocando em seus devidos lugares as portas e janelas que temos aqui.
Do lado norte, fica a entrada principal, para a varanda/garagem. Para o poente, temos a janela principal da sala e a pequena janela junto a cozinha. Ao lado desta, voltada para o sul, a porta de vidro pequena. Para o nascente ficam a porta de vidro da área de serviço e a "janela" de tijolos de vidro no pequeno corredor dos quartos. Assim, temos luz natural e ventilação, nas quatro direções.
John Algeo, outro escritor que gosto (tive a honra de conhecer e ficar amigo) dizia o seguinte em um artigo: "Teoria, em grego, significa algo como uma janela para se olhar o mundo". Não existe "janela certa" de se olhar. Quanto mais janelas/teorias tivermos ao nosso redor, maior será a visão que teremos do mundo que nos cerca.
Então, acho que minha "teoria das janelas" aplicada na casa contempla as visões tanto Machado, como Algeo. Embora, distintos, ambos iluminam e nos fazem respirar melhor. É o que importa, né?
quarta-feira, 12 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
Padrão Fifa?
A cerca viva na frente foi "padronizada" em 2,10 metros. |
O abacateiro e o pé de côco também tiveram suas alturas "padronizadas" com as janelas. |
Aqui em Brasília, até a tradicional Feira da Torre de TV , que fica perto do novo Mané Garrincha teve que se adaptar. Mudaram os letreiros de todas as barracas, tudo padronizado, colocaram bancos e mesas padronizadas, etcétera e tal. Tudo cocacolizado. Ontem estive lá. Na mesa ao lado, um senhor bem vestido elogiava as instalações. Com certeza, era turista e se sentiu "internacionalizado", respeitado talvez como consumidor.
Este "shopping genérico" é o que virou as tradicionais barracas de comida da Torre de TV. Agora é "praça de alimentação". |
Mas, tudo bem. Business is business. E são os gringos que trarão lots of money para nozes.
Assim, tomei minhas providências e hoje cuidei do gramado da frente da minha casa. Espero que esteja no "padrão Fifa". Sabe como é, não quero que impliquem justo comigo, né? Se a grama estiver bacana, podem pastar à vontade. No problems.
A altura da mangueira foi "padronizada" no nível do telhado |
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Mamangava
Me disseram que esta abelha que poliniza o maracujá chama-se "Mamangava". Não perguntei o nome dela, e se ela respondesse, provavelmente eu não entenderia também. Então ficamos combinados assim, ela é a dona Mamangava.
Vi num Blog um texto bacana sobre ela: http://www.humaniversidade.com.br/boletins/abelha_mamangava.htm
Em resumo, o texto diz que a flor do maracujá é uma espécie única e que esta abelha também. Juntas, fazem o seu trabalho. Diz lá: "Lição: mesmo que tudo e todos te digam que é incapaz de ajudar o planeta, lembre-se da mamangava: faça a diferença, seja único, voe!!!!"
Lembrei-me de que tenho 2 grandes amigos, que também construiram casas com diferenciais ecológicos. Um tem gramado verde sobre os quartos e usa muita madeira de demolição. O outro fez praticamente uma "casa na árvore", pois no meio da casa mantém uma árvore que existia no terreno, camuflando a construção no meio das inúmeras espécies nativas (que ele mandou biólogos catalogarem).
Então, eu, com minha casa ecológica, com 300 m2 de gramado, 400 mudas de cerca viva plantadas, 13 frutíferas, como a tal abelha, faço a minha parte. Não é igual a nenhuma outra. Nem melhor, nem pior. É simplesmente a "minha".
Que cada um, joãodebarriamente falando, faça a sua. Simples, assim, né?
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Flores e espinhos
Mudas da cerca viva |
A tela junto da cerca viva |
Assinar:
Postagens (Atom)